quinta-feira, 12 de julho de 2012

AMÊNDOA - etimologia etimo

Como posso me perdoar
se  a tulipa negra que tenho
está na literatura de um esteta
- num romance de Alexandre Dumas
um literato de boa cepa
e não em plantio?!
- Não em terreno de orvalho
rocio brando no branco da pomba refletida
pelo aljôfar da madrugada dada sem gado caprídeo
mas na flecha empós o que o arco veio a flexionar
( Flexão e flexível não é a flecha
na aljava do espaço de Zenão de Eléia
um eleata, o Zeno
- a escol da ontologia )

Como vou me perdoar

se a campânula azul
contígua ao céu
é um véu distante :
estrela alfa ou beta
nalguma constelação táurea ou ursa
em Nebulosa de Gato
na névoa da noite
com a brasa apagada no carvão da lenha
ou hulha?!
Perdoar não é pendoar
remir
o santo no remanso
em mansuetude

O perdão tem haste na geometria

flor a brotar de dentro
do que nem é rododendro
ou rodopio
pio
- pio eremita
no deserto
que é o mundo ( Cão danado!
- Cão Maior rasgando o véu da noite no céu
Cão Menor em azeviche sem estrelas alfas e betas
para escrever a literatura cosmológica )

Perdão nem pendão
não está no estado de espírito
do anacoreta da garça alva
nem no ermitão da saracura
ou no eremita da seriema
atávicos com o barro da lagoa
e as ervas que a circundam o paul
pelo viés da elipse
- a fórmula que curva o círculo em gravidade-Newton-Einstein
O derviche ou o sufi
o monge
todo solitário em seu hermetismo
e mutismo
não pendoa nem está na amêndoa
oculta no envoltório da castanha
nem perdoa a turbamulta
que contra ele açula o mastim
- a matilha de cães maiores e menores...
Ficheiro:Egretta alba 2 (Marek Szczepanek).jpg

segunda-feira, 9 de julho de 2012

CONSTELAÇÃO - dicionário wikcionário wiki wik dicionário onomástico enciclopédico etimologia etimo enciclopédia delta verbete glossário lexicografia


Olhos perdidos
parados
entre o azul do céu
e o que o sol caia
de toda cor
nas paredes das casas
O ar a respirar
no moinho de vento da brisa
às ventas sob a lufada
O luar virá
espicaçar o amarelo
na hora do palor
e do pavor
à Pã
Estrelas olharão

e piscarão
na Constelação do Cão
Maior ou Menor
que um olho semi-aberto
em meia-vida de sonho matinal
A tarde pintará o arrebol
sobre um horizonte intenso
denso
Se a noite for escura
- treva dura!
trevo no caminho do tropeço
sapato no preto
olho no branco
Voará o mocho do coruchéu
o morcego gritará por socorro
antes do campanário
e as folhas dirão dos passos furtivos ao rés-do-chão
do ladrão  e do fantasma
do vampiro embuçado
ou de outro predador
bem como da ventania
ou da brisa serena
por onde andar
porque o silêncio na calada
distribuirá o rocio
pela madrugada-chão-afora
num caminho que segue o andarilho pela vidraça
e salta pela erva daninha
que sabe a gato-e-sapato
sobre o labor
lavor
do lavrador
lenhador
em Terra Nova e Labrador
Ah! Terra da terra!
Terra do Fogo!
de água e ar...:
A vida é um gato
a toda hora
no telhado
sob o olho do violinista
ou dormindo preguiçoso
dentro do olho hermético
na escuridão felina
a trespassar o onírico
e o empírico
- gato a rato
Mas nas paralelas
desenhadas na geometria euclidiana
- um sapato!
Um humano artefato
é a vida
fora de bioma
dentro da cultura 
( Deus?!
- Deus é o panteísmo à sombra
e o panteísta ao sol :
Solipsismo
e solipsista
no paralelo do panteísta
- no geóide ) 

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